17.2.03
Oito da manhã. Chuva, daquele tipo que é uma deliciosa desculpa para enrolar mais um tempinho na horizontal. O telefone toca, mas a Baba atende. Resolvo ver que horas são, estico a cabeça da minha letra beta, e esták! Alguma coisa puxa do lado direito do meu pescoço e eu viro um Robocop. O dotô manda ficar em casa o resto do dia, mas é ruim ficar longe do computador justo hoje.
O engraçado é que eu não posso virar a cabeça para a direita por nada deste mundo. Justo eu, que não morro de amores pela esquerda. (Mas votei no Lula, quem não votou no Lula???). Lembro de uma história que algum professor me contou na escola. (engraçado, na minha memória, quem conta isso é um homem, mas quem me ensinou História foi uma mulher) Diz que os termos “direita” e “esquerda” surgiram na História durante a Revolução Francesa. Os burgueses capitalistas ficavam à direita na Assembléia, e os radicais revolucionários, à esquerda. Desse modo, a situação era identificada com a direita, e a oposição com a esquerda. E era sempre assim, independente do regime em vigor. E é agora que a memória entra. O professor (professora?) terminava a explicação dizendo: “na União Soviética, por exemplo, quem defendia o capitalismo era esquerda, e os comunistas ferrenhos, direita.” Na vida, tudo é uma questão de perspectiva, mesmo. Se alguém tiver algum comentário, srahouse@hotmail.com, por favor.
Minha saga imobiliária está à espera de novos capítulos. Desde que falei com o Villela no sábado, nada aconteceu.