7.2.04 Ecoturista acidental Eu não faço trilha.
Auto-conhecimento é um horror. Eu sei que nessas coisas de trekking, caminhada, eu sou aquela que sempre fica para trás, que tem medo de escorregar, que precisa de ajuda para pular a pedra, que quer desistir no meio do caminho e fica choramingando o tempo todo. Sem contar que eu tenho um medo patológico de insetos. Portanto, eu não faço trilha. Já vi vovozinhas japonesas enfrentarem caminhos que eu não tive coragem de chegar perto. Se precisar, eu atravesso a estrada mais esburacada e enlameada que tiver, com um fusca, que eu vou na boa, e rindo. Mas trekking, tô fora.
Mas trabalho é trabalho, então vamos lá. Passei um tempão enchendo o saco do moleque da central de reservas, Mas é trilha pesada? Olha, eu sou péssima com essas coisas... A idéia era conhecer dois cânions aqui da região, o Itaimbezinho e o Fortaleza. Você só vai de carro até um certo ponto, depois é um pé depois do outro. De preferência, com guia.
Imagina a minha boa vontade.
Mas aí baixou uma névoa, que cobriu completamente o Itaimbezinho. No Fortaleza, desistimos de fazer a trilha e só fomos perto da borda, uma andadinha na grama, olha que bonito, pena a névoa, coisa e tal.
Ufa. Fiz minha obrigação sem passar vexame.
E o mais louco é que na quinta eu fiz rafting em Canela e adorei. Coloque-me em água, ou em um veículo qualquer, que eu fico feliz. Só não me peça para andar.
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