12.3.04 A bolsa ou a vida Sempre acontece quando a gente não espera.
Ô sinal que não fica verde nunca, penso do lado esquerdo. Do lado direito, CRAAAAAASH!!!!!!
Cacos de vidro, daqueles redondinhos que não machucam, metade de um corpo se enfia no carro e corre com a bolsa. A bolsa, que continha a minha vida.
Eu só grito, aaaaaaaaaaahhh, aaaaaaaahhhh, como uma desvairada.
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Até agora me assombro com o som que saiu da minha garganta. Não sabia que era capaz disso.
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Páro o carro e ódio, o vidro brilha no chão, o corpo não pára de tremer.
Chega a patrulha, dou uma volta com os guardas, completamente em pânico, para tentar achar o sujeito. Nada.
Toco a chorar descontroladamente, pedir colo à amiga, enfrentar a maratona do 0800 para cancelar tudo.
Tô bem, nenhum arranhão.
Podia ter sido pior? Nossa, e como.
Não foi nada, comparando com o Massacre de Madri, concordo. Mas que a minha casa vai ser o melhor lugar do mundo nos próximos dias, ah, isso vai.
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