19.4.04 A história não contada Madrugada de sexta para sábado. Eu, chapada de Naldecon, caindo pelas tabelas de sono. Resolvemos ir embora da festa. De táxi, porque meu carro estava com dois pneus furados e ele não tinha tido tempo de fazer o papel de namorado-gelol.
O motorista chega, nós entramos, eu esparramada no ombro bêbado dele.
Ah, o que é esse lugar agora, vocês sabem?, ele pergunta, total arquétipo de taxista, quarentão, bigode, óculos.
Olha, eu acho que é uma boate gay. Mas hoje eles fecharam para uma festa, sabe. Eu, entre bocejos.
Ah, é? Eu vinha aí, muitos anos atrás, era um sambão.
Sério?
É, mas isso é coisa de vinte anos atrás. Foi aí que eu conheci minha mulher.
Ah, legal. Chegamos, pagamos, dormimos. Já era noite do dia seguinte quando me dei conta que tinha perdido uma ótima história, a de como o taxista bigodudo conheceu sua esposa. Ele louco para contá-la, mas o Naldecon não quis saber.
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